Um trabalho articulado entre a Secretaria Estadual da Saúde Pública (Sesap) e o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG) garantiu uma redução significativa no número de pacientes em macas nas áreas de circulação da unidade. Dos 120 pacientes no início da semana, havia apenas 18 nos corredores do hospital na manhã desta sexta-feira (16).
O secretário de Estado da Saúde, Cipriano Maia, explicou como a ação foi desenvolvida: “foi um trabalho conjunto, coordenado entre as equipes de gestão do Walfredo Gurgel, da Subcoordenadoria de Atenção à Saúde e da Central de Regulação do Estado, que atuaram em várias frentes transferindo pacientes que pudessem ser atendidos em outras unidades de saúde, agilizando os encaminhamentos para unidades que realizam cirurgias ortopédicas, como o Hospital Deoclécio Marques, e intensificando a regulação reversa, isto é, encaminhar pacientes em condições de estabilidade a hospitais estaduais e municipais para concluir tratamentos medicamentosos.”
O titular da Sesap também atribuiu o esvaziamento dos corredores à reabertura de 20 leitos de retaguarda no João Machado (HJM), que hoje é um hospital de referência na área clínica. Outros 12 leitos clínicos serão reabertos nos próximos dias no Deoclécio Marques. Localizado em Parnamirim, na Região Metropolitana de Natal, o Deoclécio abriu recentemente sete leitos de UTI, sendo seis para atender pacientes de traumas e um de estabilização. “Estamos criando condições satisfatórias e adequadas, tanto para quem está sendo atendido como para os profissionais da saúde. E esse trabalho articulado será mantido.”
Cipriano informou ainda que as medidas demandaram ações coordenadas com os órgãos de fiscalização de trânsito no sentido de intensificar as blitzen educativas e da Lei Seca, fundamentais para reduzir o fluxo de atendimento de vítimas de trânsito. Dados divulgados pela Direção do Hospital Walfredo Gurgel registram aumento de quase 17% em relação à média anual, no atendimento a motociclistas vítimas de acidentes no mês de agosto.
Diretora administrativa da unidade, Luzicínia Costa disse que o trabalho gerencial de monitoramento dos indicadores hospitalares também refletiu na redução dos pacientes nos corredores. “Em 2015, nosso tempo médio de permanência de internação era de 19 dias. Atualmente está em 6,77 dias.” Isso se deve a uma série de medidas introduzidas ao longo de anos para identificar e atacar os gargalos no ambiente hospitalar.
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