A segurança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elevou o alerta interno para exposição do candidato em eventos de campanha.
A razão é a tentativa de assassinato da vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, na quinta-feira (1º). Outro episódio ocorrido no mesmo dia, na sede do PSDB, em São Paulo, em que um deputado atirou para o alto, também é mencionado por integrantes da equipe de proteção do petista como fator que pede atenção.
Fontes ligadas à Polícia Federal informaram que a equipe deve revisar cuidados com base em alguns fatores básico de segurança: riscos de atentados similares ao de Kirchner, dada a superexposição de Lula e o acirramento da polarização, o rastreio e a identificação de ameaças e medidas para reduzir vulnerabilidades nos lugares onde os atos acontecem.
Em Belém, a primeira modificação já pôde ser percebida com a adoção de um carro tático próximo ao veículo do ex-presidente. A viatura transportava policiais do Grupo de Operações Especiais da PF, com armamento pesado e capacidade para agir com mais contundência em incidentes de violência.
Agora, há preocupação também com a visita de Lula ao Rio de Janeiro, marcada para 8 de setembro, após passagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) pela cidade, um dia antes, no feriado de 7 de Setembro.
“Só o fato de ser no Rio é um risco. Nesse cenário de caos, [o risco] dobra”, disse uma fonte à CNN em caráter reservado.
Para o comício, a polícia pretende repetir a estrutura de segurança usada em atos anteriores em Belo Horizonte e São Paulo, com maior número possível de policiais à disposição do candidato, agentes à paisana, atiradores de elite posicionados no alto de prédios e drones para fazer o monitoramento do local.
A PF classificou Lula com “risco máximo” de segurança para estas eleições, segundo critérios da própria Polícia Federal que incluem ameaças sofridas pelo ex-presidente.
CNN Brasil