O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, pagou R$ 2,7 milhões ao Instituto Paraná Pesquisas no período de pré-campanha eleitoral. Registros do balanço financeiro junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), apontam que a legenda usou dinheiro do Fundo Partidário para realizar os pagamentos.
De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, foram 20 transferências bancárias entre janeiro e julho. As maiores parcelas foram de R$ 787,5 mil, em janeiro, e de R$ 525 mil, em fevereiro. Os contratos foram pagos com recursos do fundo partidário.
“Empate técnico”
As sondagens do Paraná Pesquisas têm indicado empate técnico entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Bolsonaro, enquanto outros institutos como o Ipec e o Datafolha apontam expressiva vantagem do petista.
O instituto afirmou em nota que “trabalha para diversos partidos políticos, não só para o PL”, e que “todas as pesquisas são realizadas e entregues de acordo com contratos firmados com os partidos contratantes”.
O Paraná Pesquisas realizou 63 pesquisas presidenciais desde janeiro. O instituto declarou ao TSE ter custeado 26 —41% do total. A Abep (Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa) é crítica do autofinanciamento, por entender que a prática pode esconder irregularidades, como caixa dois.
O PL, que é comandado por Valdemar Costa Neto, não quis se manifestar sobre o assunto.
Contrato com o governo
Comandado por Murilo Hidalgo Lopes de Oliveira (na foto com Bolsonaro), o Paraná Pesquisas firmou contrato com o Ministério das Comunicações, de Fábio Faria (PSD), no dia 30 de março no valor total de R$ 1.623.600,00.
Com informações da Folha