
A mulher que foi vítima de um sequestro relâmpago em Natal, na noite dessa terça-feira (20), contou os detalhes dos momentos em que esteve sob ameaça de dois criminosos. Ela conversou com a repórter Roberta Trindade e falou como tudo aconteceu.
De acordo com a vítima, ela estava chegando em casa após um curso quando foi surpreendida pelos bandidos. “Era por volta das 21h, quando eu parei, fui abordada por dois que desceram de um carro. Um entrou na porta da frente e o outro atrás. Eles tomaram a chave e me empurraram pro banco do carona”, relatou.
Durante a ação, os criminosos pediram transferência de dinheiro por Pix e outros pertences da mulher. “Eu gritei e minha vizinha viu eles saírem comigo. Eles pediram Pix, dinheiro, relógio, aliança. O que eu tinha, eu fui dando. E a todo momento eles estavam me ameaçando: ‘Eu vou te matar’”.
No relato, a mulher contou que lembra que passou pelo Alecrim. No entanto, não se recorda de mais detalhes, como as ruas onde passou. “Fomos até o Alecrim, até onde eu lembro. Eu passei na rua da feira e não consigo mais lembrar onde foi. Acho que era a Mário Negócio quando eu vi uma viatura. Aí eu alivei e pensei que eles iriam me deixar. Mas foi pior”, detalhou.
Ainda assustada por causa do sequestro, a vítima continuou a entrevista com a repórter Roberta Trindade. “Subiram o viaduto da Urbana, atropelaram um motoboy. E dispararam. Eu não lembro quais foram as ruas que a gente foi entrando”, disse. Ao ser questionada se o bandido já estava ferido durante a perseguição, ela comentou: “Não dava para ver. Toda hora eles pediam para eu baixar a cabeça e não olhar para eles”.
A perseguição só foi encerrada depois que um dos suspeitos, o que estava dirigindo veículo, resolver largar o carro ainda em movimento. Além de deixar a vítima, ele fugiu sem o comparsa. Aos prantos, ela explicou como conseguiu sair do automóvel.
“O motorista disse: ‘eu vou abandonar você e ela’ [falando com o comparsa], com o carro ainda em movimento. Quando ele disse isso, só veio na minha mente puxar o freio de mão, tirar o sinto e me jogar. Foi o que eu fiz”, disse bastante emocionada.
“Primeiramente, foi Deus. Quando eu me joguei, eu só vi a bota de um policial e ele dizendo ‘essa é a vítima’”, falou. Ainda segundo ela, muitos tiros foram disparados no confronto entre a Polícia Militar e os criminosos.