Internet: Meta divulga remoção de 1,9 milhão de postagens e diz que culpa por ataques golpistas ‘é de quem infringiu a lei’

Meta, dona do Facebook/Foto Bloomberg

Em meio à discussão sobre regulação de plataformas digitais em operação no país, a Meta, dona de Facebook e Instagram, divulgou nesta terça-feira dados sobre sua moderação de conteúdos no período entre as eleições e os ataques golpistas de 8 de janeiro. No comunicado, a empresa de tecnologia defendeu que faz sua parte para reduzir a prevalência de conteúdo nocivo e que “a responsabilidade pelos acontecimentos ocorridos no Brasil em 8 de janeiro é de quem infringiu a lei ao invadir e destruir prédios públicos”.

“Na Meta, temos trabalhado por muitos anos no combate ao discurso de ódio, incitação à violência e desinformação usando uma série de ferramentas e métodos. E a ideia de que não agimos para proteger as eleições no Brasil de 2022 simplesmente não é corroborada pelos fatos ou dados”, declarou no posicionamento.

A empresa informou que, entre 16 de agosto de 2022, quando começou oficialmente a campanha eleitoral, e 8 de janeiro de 2023, removeu mais de 1 milhão de conteúdos no Facebook e mais de 960 mil conteúdos no Instagram por violações às suas políticas de violência e incitação. Os conteúdos incluíam posts pedindo intervenção militar.

A Meta divulgou ainda que removeu mais de 570 mil conteúdos no Facebook e mais de 520 mil conteúdos no Instagram no Brasil que violavam políticas de discurso de ódio e que excluiu mais de 900 mil postagens por violação de políticas de bullying e assédio.

“Além de remover conteúdos que violam nossas políticas, cumprimos as solicitações de autoridades e tribunais que buscam a preservação ou a divulgação de dados de usuários, ou a indisponibilização de conteúdos, em tempo hábil”, acrescentou.

Regulação

A divulgação ocorre em um momento em que as redes estão mais pressionadas. Os ataques aos prédios dos Poderes em Brasília intensificaram o debate sobre a regulação das plataformas digitais no Brasil. Um proposta para combater a disseminação de conteúdos golpistas se tornou, após o 8 de janeiro, uma das prioridades do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Defendido pelo Ministério da Justiça, comandado por Fávio Dino (PSB), o tema inicialmente seria tratado por uma medida provisória, mas agora deve ser incorporado nas discussões do PL 2630, conhecido como PL das Fake News, em tramitação no Congresso.

Entre as maiores plataformas, apenas o TikTok havia divulgado até o momento dados sobre o período dos ataques aos prédios dos Poderes. No dia 15 de fevereiro, a rede social anunciou que removeu no Brasil mais de 10,4 mil vídeos, entre 8 e 15 de janeiro, com conteúdos que violaram suas políticas de desinformação e de extremismo violento, o que inclui ameaças e incitação à violência, bem como a promoção do terrorismo.

No comunicado divulgado nesta terça-feira, a Meta defendeu uma regulação “clara e consistente” das plataformas. “Acreditamos que as empresas privadas não devem tomar tantas decisões importantes sozinhas e que é necessária uma regulação clara e consistente a ser seguida por todas as plataformas. Continuaremos a dialogar com legisladores, reguladores, Judiciário e outras partes interessadas no Brasil e no mundo sobre maneiras adicionais de lidar com conteúdo nocivo e desinformação com transparência e responsabilidade”, declarou.

A Meta não divulgou dados sobre anúncios. Um levantamento do NetLab, laboratório vinculado à Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio (UFRJ), divulgado pelo GLOBO, mostrou que a empresa autorizou entre novembro de 2022 e janeiro deste ano, antes e após a invasão aos três Poderes em Brasília, a veiculação de ao menos 185 anúncios com teor golpista em suas plataformas.

A empresa destacou que fez mudanças em produtos e políticas para proteger a integridade da eleição brasileira e que firmou uma parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Adicionamos um rótulo aos conteúdos publicados no Facebook e no Instagram com informações oficiais sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas. Também atualizamos nossas políticas para proibir anúncios que deslegitimam as eleições atuais e futuras no Brasil”, listou a Meta.

O Globo

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