Sem comparecer ao 2º debate presidencial, realizado pelo SBT neste sábado (24.set.2022), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) virou alvo de críticas de seus adversários ao longo do evento. Foi acusado de “fugir” por não saber responder sobre suas promessas e casos de corrupção em seus governos anteriores foram citados. O púlpito vazio também foi explorado. Todos os candidatos presentes mencionaram Lula.
O petista foi convidado, mas decidiu priorizar comícios em São Paulo neste sábado e preferiu não comparecer ao evento realizado também em parceria com CNN Brasil, Estadão/Rádio Eldorado, Veja, Rádio Nova Brasil e Terra. Ele participou de ato em Itaquera, em São Paulo, no mesmo horário do debate.
Seu principal adversário na disputa eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro (PL) acusou Lula de ter protagonizado o “maior esquema de corrupção da humanidade” e, ao admitir que fala “alguns palavrões”, ressaltou que, pelo menos, não é “ladrão”. Mesmo sem citar Lula diretamente, ele insinuou que a senadora Simone Tebet (MDB) defender “por baixo dos panos um outro candidato que já foi preso”.
Em dobradinha com Padre Kelmon (PTB), Bolsonaro disse que o religioso “sabe o quanto o nordestino sofria com a falta da água” e, chamando Lula de “candidato faltoso” , “presidiário” e que “desviou dinheiro”, disse que o seu governo é que “desviou água para o povo do nosso Nordeste”.
O ex-ministro de Lula, Ciro Gomes (PDT), atualmente um dos seus principais críticos e alvo da ofensiva petista pelo chamado voto útil, disse que Lula decidiu não ir ao evento porque está de “salto alto” e “acha que já ganhou”. “Portanto, desrespeita a todos nós, seus oponentes e desrespeita especialmente a você [eleitor]”, declarou.
Poder360